1. |
Disco Arranhado
03:23
|
|||
Não é nada não
Um dia a gente se vê
Talvez me lembre do seu rosto
E sua forma de dizer adeus
Não é nada não
Um dia ia acontecer
Só não se esqueça do seu jogo de promessas
Que ficou aqui
O nosso disco já arranhou, verdade
Agora é tarde
Eu tenho que partir
O nosso show já terminou, amor
Agora eu vou
E ainda tenho a conta pra pagar
A nossa vida já virou piada
Só não consigo rir
Pra mim é triste
Me vê mais um
A noite começou aqui
Eu quero só mais uma dose e o grito da Joplin
Pra apagar o som que essa lembrança traz
E o que ficou
A conta, o peso, o erro de nós dois
Agora eu quero é a garrafa e aumente o som
Pois como eu disse o nosso disco arranhou
A nossa vida já virou piada
Só não consigo rir
Pra mim é triste
|
||||
2. |
Sem Roupa
02:55
|
|||
3. |
Maurício
03:09
|
|||
Ando assim contando os cacos vários
Narrando histórias
Molhando o chão
No olho vivo e cansado e frágil
Minha memória
Permite o não
E saio a noite sem ninguém ao lado
Pra ficar calado e ver
A madrugada desbotar
Eu caio fraco no primeiro trago
E flagro a vida que se foi
Sem avisar
Vai ver
Não era pra ser tão bonito
Não era pra ser tão correto
Tão perfeito mesmo tendo feito parte
Do meu riso
Ando sem saber o que é melhor
Pior
Ando sem saber o que é pra mim
No meu carro o vidro aberto, a luz
O som ligado
E até a solidão me ignora
Vai ver
Não era pra ser tão bonito
Não era pra ser tão correto
Tão perfeito mesmo tendo feito parte
Do meu riso
|
||||
4. |
Ancorar
03:18
|
|||
Alguém
Me narre o mundo de outro modo-
Me abrace até despertar o peito
Retome o brilho a vida desse quarto
Da madrugada
Alguém
Fale de um mundo em outros moldes
Entenda meu silêncio com um sorriso
Alguém
Apague a lua
Que essa rua não tem graça
E essa lua hoje não passa de ilusão
Agora tanto faz
Se algo ainda faz sentido
Ou sei lá
Se a culpa ainda leva um ano
Ou cem pra ancorar
Alguém
Me veja além dos tantos muros
E pinte a cor do dia mais feliz
Invente outras verdades
Pra que eu tenha outras chances
Pra que eu tenha num instante
Algo pra tentar
Agora tanto faz
Se algo ainda faz sentido
Ou sei lá
Se a culpa ainda leva um ano
Ou cem pra ancorar
|
||||
5. |
Urb'Ana
05:19
|
|||
É, parece que alguma coisa aconteceu
Parece que o tempo está tão bom
E logo num instante, um tom
Eu sou tão eu
Parece
É, eu tanto caminhei e então me vejo aqui
Anseio a hora de poder entrar
E canto para não lembrar ou lembrar
Que só parece
Há contas pra pagar
Tem entrevista às três
Na hora do salão o filho vai ligar
Não pegue a contramão
As aulas de francês
O relatório é bom, o banco vai fechar
Mais um dia se foi
Você não se lembrou
“Eu sou mulher...”
Ela tem um jeito novo de andar
Trás nos olhos a vontade de viver
Ela sabe bem aonde quer chegar
E vai chegar
Ouvi dizer
Amor
O tempo não mudou
Olhe pra nós e vê
É tudo tão assim, deixa chover
E pode gritar pra mim, meu bem
É, há sempre aquela coisa que nos faz andar
Perdoa se não tenho um sonho bom
Mas logo nesse instante, nesse tom
Sou eu quem padece
O quarto pra arrumar
É hora do café
Visita vai chegar, panela no fogão
O pai tá no hospital
Não deixe de trazer
O livro do José, o disco do João
A vida se passou
Você sequer pensou
“Eu sou mulher...”
Ela tem um jeito novo de falar
A modernidade quer vê-la crescer
Ela sabe bem aonde quer chegar e vai chegar
Vou lhe dizer
Amor
O tempo não mudou
Olhe pra nós e vê
É tudo tão assim, deixa chover
E pode gritar, pode gritar
O tempo não mudou
Olhe pra nós e vê
É tudo tão assim, deixa chover
E pode gritar pra mim, meu bem
|
||||
6. |
O Que Pe(r)di
03:10
|
|||
Eu
Te perguntei
Se ainda tem
O que pedi
O que perdi
Quando encontrei
O que era seu
E desde então
O mundo se abriu
Sem chão pros meus pés
Não sei quem entrou
Não vi quem saiu
E tudo porque
Eu deixei
Você entrar sem me pedir
E me perdi
Eu
Quero saber
Se pode me
Ver como se eu
Não fosse seu
Mas como alguém
Que sabe andar
E perceber
O mundo se abrir
Sem chão pros meus pés
Não sei quem entrou
Não vi quem saiu
E tudo porque
Eu deixei
Você entrar sem me pedir
E me perdi
|
||||
7. |
Eu Não Sei O Que É Viver
04:38
|
|||
Eu nunca fugi do ninho
Tive o mundo em minhas mãos
Eu nunca chorei sozinho
Por perder uma paixão
Eu nunca quis ter carinho
Ao ver flores na estação
Eu sou assim
Acho que eu
Eu não sei o que é viver
Eu sou assim
Acho que sempre fui
Nunca procurei saber
Passo o tempo reclamando
O que não aconteceu
Entre máscaras e medos
O meu sonho se perdeu
Minha vida é uma novela
De alguém que não sou eu
Eu sou assim
Acho que eu
Eu não sei o que é viver
Eu sou assim
Acho que sempre fui
Nunca procurei saber
As estrelas me devoram
Me escondo no cobertor
Meus amigos me adoram
Não conhecem minha dor
Tive pai, filha, família
E não sei o que é o amor
Eu sou assim
Acho que eu
Eu não sei o que é viver
Eu sou assim
Acho que sempre fui
Nunca procurei saber
|
||||
8. |
Aquele Rapaz
03:44
|
|||
É normal soltar um berro
Sentir-se vivo pelo grito
Explodir todo silêncio de verdade absoluta
Ou tristeza, ou o medo, ou a culpa
É normal sair correndo
Atrasar o desespero
Expelir todo delírio no suor do corpo quente
Ou nos olhos, ou no peito, ou na mente
Mas esse não era o gesto daquele rapaz
Que entupiu de vida o verso
E vivo descansa em paz
Ele tentou anoitecer
Mas sua cama estava vazia
A noite começou sozinha
É normal cair no chão
E viver a decadência
Ao sentir toda frieza aniquilando a inocência
O fracasso, a derrota, a sentença
Mas isso era só o resto praquele rapaz
Que entupiu de vida o verso
E vivo descansa em paz
Ele tentou anoitecer
Mas sua cama estava vazia
A noite começou sozinha
Deixa anoitecer
Quem sabe eu devolvo
O brilho opaco que roubei de mim
E talvez assim o frio passa
Ou talvez pra mim o frio basta
Esse não era o gesto daquele rapaz
|
||||
9. |
Polícia & Ladrão
03:28
|
|||
Eu sei que parece brincadeira
Mas agora é pra valer
Você vai enfrentar os seus problemas
É hora de aprender
E esses seus gritos de desespero
São concertos pra ninguém
A vida quase sempre é um dilema
E não vai adiantar correr
Posso perder pontos
Por passar perto do ponto
Passar por perto do ponto
Onde se passa o perigo
Longe do abrigo já não sei mais o que eu vou ser
E é um jogo de pique-esconde
Se pega te mata e esconde
Socorro, socorre, corre
Só corro, não sei pra onde
A vida passa e eu já nem sei mais o que é você
Sem medo de chegar e procurar
Diz onde foi parar aquela velha ideia
De um tempo bom
Um tempo bom
Não vou me acovardar como você
Eu vou botar a cara na rua
E que me peguem
Eu sei que parece brincadeira
Mas agora é pra valer
Você vai enfrentar os seus problemas
É hora de aprender
E esses seus gritos de desespero
São concertos pra ninguém
A vida quase sempre é um dilema
E não vai adiantar
Moço morre moço
Por morar perto do morro
Morar por perto do morro
Onde mora o perigo
E já sei amigos não há muita coisa pra fazer
É um jogo de alvo ao tiro
Se pega, te mata a tiro
De leve eu levo a leva
Me leve, eu me retiro
Estou cansado de tanto ganhar o que perder
Sem ter onde chegar , o que procurar
Diz onde foi parar aquela velha ideia
De um tempo bom
Um tempo bom
E a mim já não há o que esperar
A não ser aqueles que sempre me perseguem
|
||||
10. |
Condição
04:07
|
|||
Disparando na paisagem
Vou em outra direção
Perco o passo, perco a linha
Que um dia eu segui
Vou sangrando em tantas margens
Por saber que foi em vão
Entregar de vez minha vida
À alguém que não a quis
E não venha me dizer
Que foi só outra madrugada
Nem queira me dizer
Foi só mais uma madrugada
Não venha me dizer
Mais fácil é ver o que vai voltar
E eu não vi
Nem pensei no que fiz sem pensar
E o preço por querer sempre mais
É correr pra tentar encontrar
O que não se perdeu
Na verdade distorcida
Que a distância em si criou
Meu coração ainda aperta
Quando escuto sua voz
Sinto tanto essa ferida
Mas são coisas do amor
Essa dor que em mim desperta
Faz lembrar de tudo em nós
Hoje eu ia te dizer
Que foi só outra madrugada
Queria te dizer
Foi só mais uma madrugada
Eu ia te dizer
Mais fácil é ver o que vai voltar
E eu não vi
Nem pensei no que fiz sem pensar
E o preço por querer sempre mais
É correr pra tentar encontrar
O que não se perdeu
Fico no passado
Pra entender que andei errado
E sofrer essa decepção
Sofro com importantes coisas
Que não eram antes
Vou viver dessa decepção
Vivo do aviso
Tanto quanto for preciso
Pra correr dessa decepção
Corro pra memória
Pra entender o fim da história
E saber qual era a condição
|
Nobat Brazil
Nobat é um cantor e compositor de Belo Horizonte (MG) que tem como proposta principal a mescla entre elementos do indie eletrônico experimental com as possibilidades da música brasileira contemporânea.
Streaming and Download help
If you like Nobat, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp